quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Decoração de Natal pode encarecer conta de luz; veja cuidados e dicas

Cordão de luzes faz conta média de luz subir 6%, segundo AES Eletropaulo. Para economizar, use lâmpadas de LED e reduza tempo de luzes ligadas.


Além dos gastos com presentes e com a ceia, a decoração das festas de fim de ano pode pesar no bolso. A árvore de Natal iluminada alegra as festas – mas também encarece a conta de luz. Simulação feita pela AES Eletropaulo mostra que deixar a árvore iluminada durante as noites do mês de dezembro pode encarecer a conta de luz em 6%, em média.
O cálculo do aumento leva em conta o valor médio de uma fatura em São Paulo, de 230 kilowatt/hora, ou cerca de R$ 55, e o gasto de um cordão de luzes tradicional, com 100 lâmpadas incandescentes de 0,5 watts: ligadas por 8 horas durante 30 dias, a árvore consome 15kilowatt/hora, ou 6,5% do consumo mensal.
Fachada de casa na Zona Norte fica completamente decorada (Foto: Paulo Piza/ G1)Fachada de casa em São Paulo foi completamente tomada de cordões de luzes (Foto: Paulo Piza/ G1)
“Quanto mais tempo funcionando e mais carga puser, mais irá gastar”, diz o coordenador de novos mercados da AES Eletropaulo, Fernando Bacelar. Ele avisa, no entanto, que há diferença de gastos dependendo do fabricante das lâmpadas e da tecnologia.
Decoração costuma elevar os gastos na conta entre 10% e 15%, segundo Abracopel
A decoração costuma elevar os gastos na conta entre 10% e 15%, levando em conta uma decoração média, diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), Edson Martinho, com base em projetos pequenos de decoração de Natal que fez para casas.
Se a iluminação for comedida, no entanto, os gastos tendem a não ser excessivos. Também é possível economizar usando lâmpadas LED e reduzindo o tempo que as luzes ficam acesas, dizem os especialistas ouvidos pelo G1. “Energia é potência vezes tempo. Ou seja, quanto maior a potência, mais lâmpadas e mais tempo, mais consumo. A alternativa é reduzir a potência ou reduzir o tempo ligado”, diz Martinho.
Mas não se engane: o tempo em que as luzes apagam para piscar não faz diferença na conta, diz o engenheiro Hilton Moreno, consultor do programa Casa Segura.
As lâmpadas de LED duram mais, têm luz mais forte e permitem fazer variações de cor mais sofisticadas que as lâmpadas incandescentes. Segundo a Abracopel, a economia com elas pode chegar a 80% na iluminação tradicional.
Outra dica de economia e segurança é evitar sobrecarregar tomadas. É que, quando elas esquentam, desperdiçam energia e podem causar curto-circuitos e choques.
Gasto nacional
Mesmo com as luzes de Natal, o gasto nacional no mês de dezembro se mantém estável em relação aos meses próximos, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) dos últimos anos. As luzes de Natal trazem um consumo importante para o país, diz Moreno, que também é do Procobre, uma instituição que promove o uso do cobre.

O consumo muda bastante no verão, mas o gasto se mantém no mesmo nível, diz o coordenador de novos mercados da AES Eletropaulo, Fernando Bacelar. O chuveiro costuma ser mais usado no calor, mas provavelmente com potência reduzida. As luzes de Natal elevam o consumo da casa, mas tendem a ser compensadas com outras reduções, por isso não aparecem nos dados gerais da empresa.
Apesar de não haver estatística específica de acidentes ligados às luzes de Natal, há cuidados para instalações elétricas que valem também para a decoração. Choques e princípios de incêndio são comuns e a eletricidade é a maior causa conhecida deles, diz Moreno. “O risco de choque por causa elétrica existe e faz parte do dia a dia”, afirma.
Veja abaixo as dicas dos especialistas para montar uma decoração segura e economizar:
- deixar as luzes de Natal menos tempo ligadas.
- preferir lâmpadas de LED.
- não colocar lâmpadas sobre materiais que podem queimar: o melhor é que fiquem o mais longe possível de coisas como isopor e papel.
- não sobrecarregar benjamins e réguas de tomada: o ideal é usar um plug por tomada. Se não for possível, a melhor alternativa é usar a régua. Para ter certeza que não há sobrecarga, deixe a decoração ligada por uma hora e coloque a mão no benjamin ou na régua. Se estiver quente a ponto de sentir desconforto, é preciso desligar e dividir os equipamentos para evitar curto-circuitos.
- analisar os produtos: é importante obsevar se há fios descascados, lâmpadas e plugs frouxos ou partes ressecadas tanto ao comprar quanto ao reutilizar material. Se o produto que pretende comprar parecer frágil, escolha outra marca; e se o que estiver guardado tiver sinais de desgaste, só reutilize se puder arrumar os problemas.
- revisar a instalação elétrica da casa: se forem usadas muitas luzes, é bom fazer uma revisão no sistema elétrico da casa para ver se ele suporta o aumento de carga.
- tomar cuidados extras com área externa: umidade, chuva, calor e sol ressecam e trincam os materiais isolantes, aumentando o risco de choque elétrico e curto-circuito. O melhor é deixar os fios abrigados, colocá-los dentro de tubo transparente blindado para evitar a entrada de água ou ter mecanismos de segurança como um sistema de aterramento, que desligue em caso de curto-circuito ou choque.
- ter atenção às grades e sacadas: se forem de metal, elas podem se tornar condutoras de eletricidade e dar choque, caso haja fios expostos ou lâmpadas danificadas.
- contratar instalação profissional: a recomendação é que seja contratado um profissional da área para montar o projeto com segurança.
Fonte: G1

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Professora transforma escadas de condomínio em espaço de aprendizado para o filho

Professora transforma escadas de condomínio em espaço de aprendizado para o filho

Publicação: 15/12/2013 12:00 Atualização:

Os degraus e as paredes viraram uma sala de aula cheia de cores, que inclui a %u201Cestante do vocabulário%u201D e uma minibiblioteca. Fotos: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
Os degraus e as paredes viraram uma sala de aula cheia de cores, que inclui a %u201Cestante do vocabulário%u201D e uma minibiblioteca. Fotos: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
Andrea Duarte é professora há 22 anos e durante 19 anos se dedicou à tarefa de educar jovens e adultos. Mas o maior desafio que Andrea encontrou, no entanto, foi dentro de casa, com o filho de seis anos. Lucas, que vai cursar o primeiro ano do ensino fundamental (antiga alfabetização) em 2014, sempre foi um aluno comportado, mas não conseguia se concentrar nos estudos quando saía da escola e a falta de atenção começou a afetar seus resultados no colégio. Constantemente chamada a conversar na unidade de ensino por causa das dificuldades do filho nas avaliações, Andrea percebeu que o problema de Lucas não estava em não saber os conteúdos, mas na insegurança e desinteresse em aprender. Para ajudar o pequeno a embarcar no mundo do conhecimento de forma prazerosa, Andrea transformou a escadaria do prédio onde moram, em Olinda, num espaço cheio de estímulos. 

O garoto pedia insistentemente uma casa na árvore ou um clubinho e foi daí que nasceu a ideia de criar um lugar só para ele. “Peguei os desenhos e personagens que ele mais gosta e criei a escada da leitura. Lá ele tem livros, jogos educativos, um quadro para escrever e várias outras atividades só para ele”, contou. 

Seis meses depois de ter montado o espaço, Andrea comemora, orgulhosa, os resultados que já começam a aparecer. “Eu mesmo comecei a dizer à professora como conseguia que ele respondesse ao que eu propunha em casa e ela foi fazendo por lá também. Agora além de ter melhorado nessa questão, ele está mais desenvolto, melhorou a também a socialização”, comemora a mãe. 

“Peguei um porta-sapatos daqueles de parede e criei o ‘nosso vocabulário’ com palavras impressas dentro de cada espaço. Ele ainda está aprendendo a ler, mas sempre pega uma palavra e se arrisca. Quando ele acerta, anota no quadro a palavra que leu. Tudo no ritmo dele, sem pressão. Ele brinca e eu pego carona”, afirmou Andrea, que garante que o espaço também a ajudou a encarar sua própria ansiedade. 

“Além da minha preocupação com ele eu me preocupava comigo mesma. Eu queria que ele fosse lendo e muitas vezes me vi exigindo demais e comparando ele com outros alunos. Para não prejudicá-lo e não deixá-lo mais ansioso eu fui lendo e me informando sobre tudo isso”, desabafou a professora.

Lucas adora o espaço criado pela mãe e passa boa parte do dia brincando de aprender na escada da leitura, que já é o lugar favorito dos primos e amigos do menino na casa e onde todos se reúnem para se divertir. “Coloquei algumas fotos nas redes sociais e muitas mães já me pediram para fazer igual”, contou animada. 

Hoje a escada da leitura faz parte da rotina da casa e da vida de Andrea e Lucas, que encontraram nesse cantinho uma forma de equilibrar sua ansiedade e as dificuldades de cada um. Orgulhosa dos frutos de sua ideia, Andrea acredita que a sensibilidade faz parte da educação e que é preciso e possível enxergar as habilidades e peculiaridades de cada um neste processo de construção do conhecimento.


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